Obesidade em pets: saiba por que o excesso de peso é prejudicial
Ter um estilo de vida saudável, praticar exercícios e manter uma alimentação equilibrada são fatores importantes para a saúde de todos os seres vivos, e para os pets não é diferente!
A obesidade é um problema mundial de saúde pública que, na última década, tem sido crescente tanto em seres humanos quanto em animais de estimação. Em uma das maiores metrópoles do mundo, o cenário não é diferente. Mais de 40% dos cães apresentam sobrepeso e obesidade no estado de São Paulo, segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), com incentivo da ROYAL CANIN®.
A pesquisa mostrou ainda que 63% dos tutores subestimaram a condição corporal de seu cão, 26% acreditavam que o animal tinha uma condição corporal ideal e 80% deles não foram capazes de identificar o sobrepeso e a obesidade do pet. Os gatos também sofrem bastante com o sobrepeso, principalmente após a castração. Segundo pesquisas realizadas pela marca, cerca de 52% dos gatos ao redor do mundo estão sobrepeso ou são obesos. Além disso, muitos deles têm o costume de implorar por alimento, mesmo estando satisfeitos, o que contribui para o ganho de peso e maior dificuldade por parte do tutor em aderir ao protocolo de emagrecimento elaborado para o seu pet.
Assim como nos humanos, o excesso de peso nos animais de estimação é um assunto regular e preocupante. Porém, muitos tutores não acreditam que ter um pet acima do peso seja um problema.
Tutores conscientes, pets saudáveis A conscientização do tutor é um aspecto fundamental na prevenção da obesidade nos pets, afinal, ele é a principal influência no hábito alimentar. Contudo, são poucos os tutores que interpretam corretamente o comportamento dos seus pets quando estão com fome.
“Muitas vezes, os tutores não resistem ao gato ou cão pedindo por alimento e acabam por ceder aos apelos deles, oferecendo mais alimento como forma de afeto e atenção”, afirma Larissa Lima, Médica-Veterinária e Coordenadora de Comunicação Científica da ROYAL CANIN.
A persistência de algumas pessoas em fornecer aos seus pets alimentos extras, petiscos, combinados com a predisposição genética de algumas raças e a baixa atividade física, pode aumentar o risco de obesidade. Além disso, estudos mostram que 85% dos tutores de gatos e cães tendem a subestimar a condição corporal do seu pet, acreditando que eles se encontram em uma condição ideal quando na verdade já estão sobrepeso ou obesos.
Compreender os diferentes hábitos dos tutores e seu potencial papel no ganho de peso dos pets ajuda a mantê-los saudáveis e, para os que precisam controlar o peso, adotar estratégias eficazes de programas de perda de peso com foco na nutrição e saúde do pet, são grandes aliadas.
Meu pet está obeso, e agora?
Assim como a obesidade traz malefícios para a saúde dos humanos, os gatos e cães também podem sofrer com consequências relacionadas ao aumento de peso, como diabetes, problemas cardíacos, articular e de mobilidade, dentre outros. Entretanto, é possível reverter esse quadro seguindo um programa de perda de peso efetivo com foco na melhora da qualidade de vida do animal.
“O tratamento para a obesidade animal precisa, principalmente, do engajamento do tutor junto ao Médico-Veterinário na criação de um protocolo de emagrecimento que seja baseado na mudança do comportamento alimentar do pet e na criação de novos hábitos”, explica a Médica-Veterinária.
Como mudar a percepção alimentar durante o processo de perda de peso?
Substitua a recompensa alimentar: os alimentos podem ser uma ótima retribuição para quando o pet faz algo correto, mas podem também ser substituídos por carinhos ou brincadeiras.
Transforme o momento da refeição em uma experiência: utilize brinquedos interativos para oferecer o alimento para o seu pet. Esse tipo de estratégia faz com que ele coma mais devagar e gaste mais energia para conseguir se alimentar, além de ser um ótimo estímulo cognitivo.
Não deixe o alimento à disposição o tempo todo: animais glutões, que anseiam por comida, tendem a comer sempre que encontram o alimento disponível.
Criar uma rotina com horários de refeição pré-definidos auxilia no controle de peso do animal.
Controlar a quantidade de alimento conforme a recomendação do rótulo e prescrita pelo médico veterinário. A melhor forma de medir a quantidade de alimento é através de balanças digitais, a utilização de medidas caseiras (como xícaras e copos) pode levar a uma estimativa errada da quantidade.
Escolhendo o alimento adequado
Além de criar estratégias para mudar o comportamento alimentar do pet, é fundamental entender a importância da nutrição correta, de acordo com a necessidade dele. O tipo de alimento, quantidade, número de refeições e fornecimento de petiscos contribuem diretamente para o quadro de obesidade.
Gatos e cães que já estão obesos devem comer alimentos específicos para a redução do peso, de acordo com a prescrição nutricional feita pelo Médico-Veterinário que acompanha o caso. Esse tipo de alimento possui baixa densidade energética auxiliando no emagrecimento.
Fonte: UOL