Entre restrições e protestos: brasileiros contam como é voltar à Europa

Entre restrições e protestos: brasileiros contam como é voltar à Europa

Nos últimos meses, após enfrentar restrições para viajar ao exterior por causa da pandemia, o brasileiro teve sua entrada facilitada em diversos países da Europa, como França, Suíça, Espanha e Alemanha, e muitos já estão aproveitando para voar para o Velho Continente.. Porém, turistas relatam a Nossa que existem pegadinhas e situações inusitadas que o viajante brasileiro pode enfrentar em solo europeu neste momento, com a pandemia ainda à solta e com alguns protocolos sanitários mudando constantemente.

Fica a dica: antes de qualquer viagem para a Europa, busque informações atualizadas para saber quais procedimentos contra a covid-19 estão sendo adotados pelos países locais.

Livre no país, vetada em estabelecimentos

Em visita à Suiça com o marido, em outubro, Irena Pozzi Grassi relata que o desembarque e a passagem pela imigração no aeroporto de Zurique foram tranquilos. Completamente vacinada com a CoronaVac (que está sendo aceita pela Suíça), Irena já havia visitado a Europa antes da pandemia e sentiu que a vida nas cidades suíças está bem próxima do que era antes do início da crise da covid-19. Mas a brasileira enfrentou obstáculos para visitar atrações indoor do país, como museus. Isso porque muitos espaços públicos fechados na Suíça estão impondo restrições para a entrada de pessoas vacinadas com a CoronaVac, mesmo com o imunizante sendo aceito para ingressar no território suíço.

“Fiquei bem chateada e acabei não indo em nenhum museu, por exemplo. E, na cidade de Lausanne, uma padaria também não me deixou comer do lado de dentro. O meu marido, que foi vacinado com a AstraZeneca, podia entrar em todos estes lugares”.

Uma solução para Irena teria sido fazer um teste de covid-19 durante sua viagem pela Suíça. Com o resultado negativo do exame em mãos, ela poderia ter entrado em locais fechados como os museus. Mas preferiu não fazer isso por causa dos custos envolvidos.

Irena recomenda que, ao viajar pela Europa, o turista nunca deixe de carregar o comprovante de sua vacinação (em um formato que seja aceito no país que está visitando). “Era algo que sempre pediam nos lugares em que eu podia entrar”, conta. A brasileira também diz que, na hora de comprar a passagem aérea, é sempre bom saber os detalhes da política de cancelamento do bilhete.

Sensação de pré-pandemia Ingrid Lopes viajou para a França entre os dias 16 de setembro e 2 de outubro e conta que, tirando a exigência da comprovação da vacina e do uso da máscara para entrar em diversos lugares, grande parte das coisas parece ter voltado à normalidade.

“Os restaurantes, bares e museus estavam bem cheios. Vivi um clima muito parecido com aquele sentido na época antes da pandemia”.

Ministério da Saúde do Brasil, que estava em inglês. Era o mesmo documento que eu tinha usado para entrar na França e que havia sido aceito por outros restaurantes que visitamos”, conta ela. Ingrid também relata que alguns restaurantes questionaram a vacinação da sua amiga. “Ela tomou Janssen. E, para permitir a entrada dela, alguns estabelecimentos perguntaram onde estava o registro da segunda dose da vacina. Tivemos que explicar que a Janssen é dose única”.

Atualmente, para garantir uma entrada mais tranquila em estabelecimentos franceses, o turista brasileiro consegue tirar, usando seu comprovante de vacinação brasileiro, um passe sanitário emitido pelo governo francês. A dica de Ingrid para quem quer ir à Europa está na volta ao país: antes de embarcar é preciso responder com boa antecedência um formulário da Anvisa [chamado Declaração de Saúde do Viajante]. Mas muita gente esquece de fazer isso. Ou deixa para fazer de última hora e se dá mal.

Vi brasileiro perdendo o avião de volta porque tentou preencher o questionário quase na hora no voo e se deparou com o site da Anvisa fora do ar. A companhia aérea não estava deixando embarcar quem não tivesse preenchido a declaração.

No meio de protesto contra passaporte sanitário Assim como Ingrid, Michelli Sasaki também foi à França pouco tempo depois que o país liberou a entrada de turistas brasileiros vacinados.

“Me causou um certo espanto chegar a Paris e ver as pessoas sem máscaras nas ruas, que já não eram obrigatórias em lugares ao ar livre. Fiquei com medo de circular no meio de tanta gente sem máscara”, conta.

Ela relata que agora, na pandemia, dá um pouco mais de trabalho ter que mostrar o passe sanitário para entrar em lugares fechados. “Mas isso tem o seu lado bom, pela questão da segurança”, opina. Certo dia, ao passear por Paris, Michelli se viu, sem querer, perto de um grande protesto contra a obrigatoriedade de mostrar o passe sanitário (que comprova, por exemplo, se a pessoa já está vacinada) para visitar diversos estabelecimentos do país, como restaurantes e bares. “Vi barricadas montadas pela polícia e muitos manifestantes fazendo barulho. Uma senhora idosa que fazia parte do protesto, inclusive, passou mostrando o dedo do meio para pessoas que estavam sentadas em um restaurante. Se a pessoa estava ali sentada comendo, é porque ela mostrou o passe sanitário”.

Para Micheli, o mais importante é que o viajante brasileiro saiba que é obrigatório fazer um teste de covid-19 antes de seu retorno ao Brasil. “Na hora de embarcar, a companhia aérea não permitiu que pessoas sem o teste embarcassem, o que causou muita confusão”, lembra.

Mais regras, mais segurança Nos últimos meses, Luísa Monteiro viajou por diversos lugares da Europa, passando por destinos como Inglaterra e França. “Muitos lugares dos países que visitei se adaptaram para ter mais áreas abertas, como os pubs com mesas na rua na Inglaterra”, diz. Ela também conta que, antes da pandemia, era mais fácil circular entre os países do Espaço Schengen, onde cruzar fronteiras entre nações era extremamente simples.

Agora, é preciso verificar as regras sanitárias e documentações exigidas em cada país visitado. Ou seja, é muito mais trabalhoso para o turista, pois cada nação tem regras próprias relacionadas à pandemia”. Luísa conta que teve uma viagem livre de perrengues. “Durante a viagem, na verdade, senti uma forte sensação de segurança. Os europeus estão com a vacinação avançada, o que me deixou tranquila para estar entre muitas pessoas, algo que ainda evito no Brasil”, afirma.

Para ela, a dica principal é verificar com muita atenção as regras de cada local, “além de não achar que os países europeus terão sempre as mesmas regras sanitárias, pois eles não têm”.

Fonte: UOL

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