Charlie Watts, baterista do Rolling Stones, morre aos 80 anos

Charlie Watts, baterista do Rolling Stones, morre aos 80 anos

Informação foi confirmada por Bernard Doherty, agente do músico, mas causa da morte não foi revelada. Conhecido por ser preciso e discreto, ele era um dos membros mais antigos do grupo.

Charlie Watts, baterista do Rolling Stones, morreu aos 80 anos, nesta terça-feira (24). A informação foi confirmada por Bernard Doherty, agente do músico, em comunicado para a imprensa britânica.

“É com imensa tristeza que anunciamos a morte de nosso amado Charlie Watts”, escreveu Doherty. Watts morreu em um hospital, cercado por sua família. A causa da morte não foi revelada.

“Charlie era um querido marido, pai e avô e, também como membro dos Rolling Stones, um dos maiores bateristas de sua geração. Pedimos gentilmente que a privacidade de sua família, membros da banda e amigos próximos seja respeitada neste momento difícil”, disse Doherty.

Com Mick Jagger e Keith Richards, Watts estava entre os membros mais antigos dos Stones. A banda passou por algumas mudanças em sua formação ao longo dos anos, desde 1962, quando foi criada.

Do jazz ao rock

Charles Robert Watts nasceu em 2 de julho de 1941 em Londres. Fã de jazz, ele tentou tocar banjo antes de se dedicar à bateria.

Watts transformou o banjo que tinha em um instrumento percussivo, antes que ganhasse uma bateria, dada de presente pelo pai. Aprendeu a tocar tentando imitar o som dos músicos de jazz.

Antes de virar músico profissional, trabalhou em uma agência de publicidade, na mesma época em que tocava em várias bandas de jazz amadoras.

Ele entrou para os Stones em janeiro de 1963, mas sem botar muita fé: já disse que quando começaram os ensaios, imaginava que aquilo não duraria mais do que um mês.

Os Rolling Stones se tornaram a maior banda de rock ainda em atividade. O grupo liderou a “Invasão britânica” ao lado dos Beatles.

Diferentemente de seus colegas de banda, o baterista dava poucas entrevistas e não gostava dos holofotes. Tinha estilo preciso de tocar, e jeito discreto de lidar com a fama.

“Tocar bateria era a única coisa que me interessa. O resto me faz passar vergonha”, resumiu em uma entrevista, 20 anos atrás.

Ele se casou com Shirley Ann Shepard, em 1964. Juntos, tiveram uma filha, Seraphina, em 1968, mãe de Charlotte. O músico seguiu também tocando em outros grupos de jazz, sem a mesma exposição dos Stones.

Charlie passou por um procedimento cirúrgico recentemente. Na ocasião, sem detalhar o motivo da cirurgia, seu representante informou que ela foi “completamente bem-sucedida”, mas que o músico ficaria de fora da turnê da banda, prevista para começar em 26 de setembro.

“Com os ensaios começando em algumas semanas, isso é muito decepcionante para dizer o mínimo, mas também é justo afirmar que ninguém previu isso”, afirmou Watts no anúncio feito em agosto.

“Pela primeira vez, meu ritmo tem estado um pouco estranho. Tenho trabalhado duro para estar completamente bem, mas hoje eu devo aceitar os conselhos dos especialistas que isso demorar mais um pouco”, lamentou o músico, que ainda disse não querer que sua recuperação atrasasse a turnê.

“Depois de todo o sofrimento causado pela Covid, eu realmente não quero desapontar os fãs do Stones que já estão com seus ingressos com mais um anúncio de adiamento ou cancelamento. Por isso, pedi para meu grande amigo Steve Jordan para me substituir.”

Em 2004, Watts passou por um tratamento contra o câncer. Na época, Jordan também assumiu o posto do baterista nos shows.

Formado em artes gráficas, Watts começou sua carreira na música tocando bateria nos clubes de R&B, em Londres. Foi lá que conheceu seus companheiros de banda Brian Jones, Mick Jagger e Keith Richards.

Fonte: G1

 

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